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Image by Kinga Howard

Grupo de Suporte a Assistentes Sociais no Burnout

O Burnout nos Assistentes Sociais tem ocupado, lamentavelmente, um lugar de destaque. Apesar de não existirem dados concretos, denota-se um elevado número de profissionais com esta doença ou com a sintomatologia da doença, denotando-se um avanço nas camadas mais jovens, tendo-se agravado em contexto pandémico.

 

As orientações sem sentido e desprovidas de saber técnico-científico, os dilemas éticos entre o que faço e o que devo fazer, o assédio moral, a pressão institucional, as respostas rígidas, estereotipadas e estipuladas, com tempos mínimos pré-definidos de atendimento à população sem se ter em conta as suas necessidades sentidas, a usurpação de funções, os baixos salários, a invisibilidade da profissão, bem como o pouco investimento na formação, na supervisão profissional, são alguns dos maiores responsáveis pelo burnout nos assistentes sociais.

 

Estrategicamente, as instituições têm valorizado quem fica depois da hora, quem atende a todas as chamadas, quem leva trabalho para casa e quem realiza actividades para além das que lhe compete.

 

Ardilosamente, toda a cultura organizacional, beneficia da necessidade de o profissional se afirmar ou de provar ser sempre capaz, depois, beneficia da sua dedicação intensa, excessiva e exagerada e por último, beneficia da ilusão de que sem ele, a instituição não funciona. Quando se chega aqui, já se cegou e já se desleixou com a família, a rede de amigos e principalmente consigo próprio.

 

São, evidentemente, as mulheres, as que mais sofrem desta situação, uma vez que o Serviço Social é uma profissão no feminino e, por isso, sofrem de excesso de trabalho e de stress devido à acumulação de papéis, que implicam tarefas e exigências profissionais, parentais e domésticas, num grau muito superior ao que acontece com os homens.

 

O que é este Grupo de Suporte?

É um grupo de auto-ajuda com duas facilitadoras, uma assistente social e uma arteterapeuta.

A sua missão é oferecer um espaço de acolhimento, escuta, autocuidado e empoderamento, combatendo o isolamento, a solidão e o estigma.

Encontramo-nos duas vezes por semana, todas as primeiras e últimas quintas-feiras de cada mês, via online, durante duas horas, para partilharmos experiências, desafios, medos, sucessos, aprendizagens e exprimirmos sentimentos e emoções pelo diálogo, pela arte e pela identificação. Este é um espaço terapêutico, de acolhimento onde se privilegia o diálogo, a arteterapia e o abraço. Quando escutamos histórias iguais às nossas, percebemos que não estamos sozinhos nesta caminhada, e isso, pode ser transformador, porque aqui, as nossas vozes importam.
 

 

São Regras deste Grupo

- O Sigilo Profissional

- A Confidencialidade

- A Gentileza e Cortesia

- O Não Julgamento

- A Partilha e Ajuda

- O Respeito pela Comunicação e o Tempo do Outro

 

 

Se não estiveres bem, vem desabafar, falar sobre o que te preocupa e serás acolhida.

Se estiveres bem, vem celebrar as tuas conquistas e acolher outros que estão, como já estiveste.

Datas e Horário:

1ª e ultima quinta-feira de cada mês: 18h30 - 20h30

Nº máx de participantes: 10 pessoas

Investimento: 18€/mês (exclusivo para alunos da Academia)

24€/mês (para profissionais de Serviço Social)

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